Na última sexta-feira, membros do Conselho Municipal de Saúde de Marabá, incluindo o presidente Diorgio Santos, visitaram o Hospital Santa Terezinha para uma reunião com a direção da unidade. O principal assunto foi o encerramento do contrato entre o hospital e a Secretaria Municipal de Saúde, que garantia a realização de cirurgias eletivas na unidade.
Com a estrutura do Hospital Municipal de Marabá (HMM) e do Hospital Materno Infantil (HMI) já sobrecarregada com atendimentos de urgência e emergência, a interrupção das cirurgias no Santa Terezinha pode agravar ainda mais a situação. Atualmente, mais de 5 mil pacientes aguardam na fila por procedimentos eletivos.
“Na manhã desta sexta, estivemos no Hospital Santa Terezinha para avaliar a estrutura da unidade, que até o ano passado era credenciada pelo município. Nosso objetivo é buscar alternativas para reduzir a fila de mais de 5 mil cirurgias eletivas em Marabá. Seguimos trabalhando por isso!”, publicou Diorgio Santos, presidente do Conselho Municipal de Saúde. A postagem já ultrapassou 51 mil visualizações no Instagram, com 3.421 curtidas e 2.520 compartilhamentos.
Sem renovar contrato para cirurgias, Toni Cunha recorre ao Santa Terezinha em meio ao caos no HMI
Apesar de não ter renovado o contrato para as cirurgias eletivas, a gestão do prefeito Toni Cunha (PL) precisou recorrer ao Hospital Santa Terezinha para atender emergências. Na madrugada de sábado, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou leitos da unidade para a transferência de mais de 20 gestantes, diante da superlotação e do agravamento da crise no Hospital Materno Infantil.

A situação do HMI se torna cada vez mais crítica, com 13 mortes de bebês registradas nos primeiros 35 dias da nova gestão. Na semana passada, quando os óbitos ainda somavam nove casos, o Ministério Público, a Câmara Municipal e o Conselho de Saúde se reuniram com a Secretaria de Saúde e a direção do HMI para discutir a crise.
O Hospital Santa Terezinha, localizado na Rua Barão do Rio Branco, nº 709, no bairro Marabá Pioneira, foi escolhido para as transferências devido à sua estrutura adequada. A requisição dos leitos valerá por sete dias, podendo ser prorrogada ou encerrada antes do prazo, conforme a necessidade.
Durante esse período, o hospital deverá manter serviços essenciais, como exames laboratoriais, ultrassonografia e protocolos de humanização do parto, garantindo o direito ao acompanhante e minimizando intervenções desnecessárias. A unidade também terá que seguir rigorosamente as normas da Anvisa e da Vigilância Sanitária Municipal, conforme divulgado pela Prefeitura em seu site oficial.