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Hospital Materno Infantil de Marabá está sem ultrassonografista e denúncias apontam perseguição nos bastidores da unidade

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3 jul

O Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI), referência no atendimento a gestantes em toda a região, está sem profissional para realizar exames de ultrassonografia desde o último dia 30 de junho. O caso é grave: a ultrassonografia é um exame essencial para identificar possíveis complicações na gravidez e acompanhar a saúde de mães e bebês.

A profissional que vinha desempenhando essa função optou por não renovar o contrato após o término. Segundo denúncias de funcionários do próprio hospital, que pediram anonimato por medo de retaliações, a decisão teria sido motivada por assédio moral sofrido dentro da unidade. Os relatos apontam diretamente para a coordenadora da recepção do HMI, Erika Dayane, que teria constrangido a ultrassonografista de forma pública e autoritária.

Erika não é profissional da saúde e passou a atuar no hospital há apenas seis meses, por indicação política do prefeito Toni Cunha. Sua nomeação, segundo servidores, teve como objetivo principal conter o fluxo de denúncias e vídeos sobre a situação precária do hospital. Desde então, ela tem sido apontada como uma espécie de “cão de guarda” do prefeito, perseguindo trabalhadores que se posicionam contra irregularidades e que denunciam a falta de insumos e medicamentos, além de expor colegas em situações humilhantes.

O clima hostil e a postura adotada por parte da equipe de confiança da atual gestão estariam tornando o ambiente de trabalho insustentável — cenário que teria contribuído diretamente para a saída da ultrassonografista.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que o hospital está sem profissional para operar o equipamento e informou que está providenciando nova contratação. No entanto, não explicou por que não se antecipou ao fim do contrato, algo que já era de conhecimento da gestão.

Enquanto isso, dezenas de gestantes seguem sem acesso a exames fundamentais, mais uma vez penalizadas pela desorganização e pelos conflitos políticos dentro da saúde pública municipal.

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