Os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Pará tem um dos piores índices de escolaridade do Brasil. Com média de 8,6 anos de estudo entre a população com 25 anos ou mais, o estado ocupa a 7ª pior posição do país, empatando com Acre, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.


Apesar do cenário preocupante, algumas cidades paraenses se destacam. Marabá, por exemplo, aparece na 9ª posição no ranking estadual, com média de 9,2 anos de estudo. O município supera a média do estado, mas ainda está atrás de cidades como Parauapebas (9,9 anos) e Canaã dos Carajás (9,8 anos), que têm avançado na educação impulsionadas pelo crescimento econômico.
Belém lidera escolaridade no Pará; Marabá ainda precisa avançar
Entre os municípios paraenses, apenas três ultrapassam os 10 anos de estudo em média: Belém (11 anos), Ananindeua (10,6 anos) e Santarém (10 anos). Essas cidades figuram entre as mais escolarizadas da Região Norte e se aproximam da média nacional.
Confira o ranking das 10 cidades paraenses com maior escolaridade média:
1. Belém – 11 anos
2. Ananindeua – 10,6 anos
3. Santarém – 10 anos
4. Parauapebas – 9,9 anos
5. Canaã dos Carajás – 9,8 anos
6. Marituba – 9,7 anos
7. Castanhal – 9,6 anos
8. Barcarena – 9,4 anos
9. Marabá – 9,2 anos
10. Tucuruí – 9 anos
Marabá, um dos polos econômicos e educacionais do sudeste paraense, ainda tem desafios para melhorar seus índices. A ampliação da oferta de ensino técnico e superior, além de políticas para reduzir a evasão escolar, são fundamentais para que o município avance no ranking estadual e nacional.
Cidades paraenses com pior escolaridade
Se alguns municípios se destacam, outros ainda apresentam índices alarmantes. Chaves, na região do Marajó, tem a pior média de anos de estudo do estado, com apenas 4,5 anos — menos da metade da média das cidades mais bem colocadas. O município é o 12º pior do Brasil e o 2º da Região Norte, atrás apenas de Recursolândia (TO).
Outras cidades com baixa escolaridade incluem Afuá (5 anos), Cachoeira do Piriá (5,3 anos), Melgaço (5,3 anos), Portel (5,4 anos), Anajás (5,4 anos) e Bagre (5,5 anos). No interior, Acará (5,3 anos), Rondon do Pará (5,4 anos) e Aurora do Pará (5,8 anos) também figuram entre os piores índices.
Pará tem pior situação entre jovens de 18 a 24 anos
A situação da educação paraense se agrava ainda mais quando se analisa a escolaridade da população jovem. Entre os que têm entre 18 e 24 anos, o Pará tem o pior desempenho do Brasil, o que acende um alerta para a necessidade de investimentos urgentes na educação.
Marabá, apesar de estar entre as melhores cidades do estado, precisa de avanços para garantir que mais jovens concluam seus estudos e tenham acesso a melhores oportunidades no futuro.