Belém, capital do Pará, se destaca no cenário nacional como uma das cidades que mais geram empregos formais, ocupando a 17ª posição no país no mês de setembro. Em preparação para receber a COP 30 no próximo ano, a cidade registrou a criação de 2.005 novos postos de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) analisados pelo Blog do Zé Dudu. No acumulado do ano, a cidade já gerou 13.954 vagas, com destaque para os setores da construção civil e de serviços.

Para se ter uma dimensão do impacto da geração de empregos em Belém, a quantidade de novos postos criados apenas neste ano supera a população inteira de diversos municípios do estado, como Palestina do Pará (7.086 habitantes) e Bannach (4.252 habitantes).
Barcarena e Marabá em destaque
Barcarena, conhecida por sua relevância na produção de alumínio, registrou um saldo positivo de 842 postos de trabalho, ocupando a 53ª posição no ranking nacional e superando até mesmo a capital capixaba, Vitória. Marabá, em 72ª posição, somou 625 novos postos, impulsionada pela construção de pontes importantes sobre os rios Tocantins e Itacaiúnas, obras fundamentais para a infraestrutura local.
Parauapebas e Ananindeua se destacam entre os 100 primeiros
Parauapebas e Ananindeua, na 97ª e 98ª posições, respectivamente, também figuraram no Caged de setembro com mais de 500 novos empregos cada um, impulsionados pelo setor de serviços. Castanhal ficou em 101º, com saldo de 496 novos empregos, confirmando a tendência de crescimento no estado.
Cenário geral do Pará
Dos 144 municípios do Pará, 95 encerraram setembro com saldo positivo na geração de empregos. O estado criou 8.569 novas vagas, representando mais da metade dos empregos gerados na Região Norte, embora ainda enfrente desafios para competir com estados menos populosos, como Santa Catarina e Goiás.
Ainda que o Pará tenha potencial para impulsionar o emprego formal, a falta de investimentos contínuos em áreas cruciais, como educação, segurança e infraestrutura, reflete em uma elevada taxa de informalidade. Isso desestimula a instalação de novos negócios e limita o crescimento do mercado de trabalho na região, que, apesar dos avanços, ainda caminha lentamente em termos de geração de renda e inclusão social.