A cada ano, o rio Tocantins enfrenta um novo desafio, revelando sinais alarmantes de poluição que afetam diretamente as comunidades ribeirinhas. Sob a liderança da professora e pesquisadora da Unifesspa, Andréa Hentz, uma equipe realizou recentemente mais uma rodada de coletas de água. O objetivo? Avaliar a saúde do rio durante a época das cheias de 2024.
Os resultados? Chocantes. As águas continuam a refletir um panorama preocupante, com resíduos sólidos e uma presença abundante de “espumas”, conhecidas localmente como “esponjas do cauí”. Estas, infelizmente, são indicadores claros da contaminação desenfreada por substâncias nocivas.
O impacto disso não pode ser subestimado. Não apenas ameaça a vida selvagem, mas também representa um perigo direto para aqueles que dependem do rio para suas necessidades diárias. Afinal, as esponjas do cauí estão associadas a uma série de problemas de saúde, desde irritações oculares até problemas dermatológicos, afetando particularmente as crianças e os adultos que têm um contato mais próximo com essas águas infectadas.
É crucial agir agora. O apelo das pesquisadoras da Unifesspa é claro: é preciso investigar urgentemente essas esponjas e suas espículas nas águas e nos sedimentos do rio, para que medidas preventivas possam ser implementadas pelas autoridades de saúde.
No entanto, a preocupação não se limita apenas à saúde física. Há uma correlação alarmante entre o uso da água do rio Tocantins e uma série de doenças, incluindo parasitose intestinal. Os dados são inegáveis e exigem uma resposta imediata.
Este é um chamado à ação. As comunidades ribeirinhas não podem continuar a ser vítimas dessa contaminação silenciosa. É hora de proteger o rio Tocantins e garantir que suas águas sejam seguras para todos.
Fonte: Portal Hiroshi Bogea Online