O Banco do Estado do Pará (Banpará) registrou um lucro líquido de R$ 199,969 milhões no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 73,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, a proposta de reajuste salarial de apenas 5% para a Campanha Salarial de 2024 foi considerada inadequada e desrespeitosa pela maioria dos funcionários.

De acordo com os servidores e colaboradores, essa oferta não condiz com a realidade financeira do banco e ignora as necessidades básicas dos trabalhadores, que enfrentam uma inflação crescente e um aumento no custo de vida. A insatisfação entre os funcionários é visível, especialmente diante da disparidade entre os lucros da instituição e a proposta salarial apresentada.

A atual política corporativa do Banpará, que reflete uma tendência mais ampla da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), tem sido vista como uma tentativa de desvalorização dos trabalhadores. Essa situação gera um sentimento de frustração e descontentamento, levando os funcionários a se sentirem desconsiderados e desvalorizados, apesar de serem fundamentais para o sucesso da instituição.

Como resposta a essa insatisfação, a Associação dos Funcionários do Banpará (Afbepa), anunciou nesta quarta-feira (21), a aprovação de uma greve geral a partir do dia 2 de setembro. Essa decisão é um reflexo do desejo dos trabalhadores por reconhecimento e valorização, exigindo uma proposta salarial que seja justa e que reflita o desempenho financeiro do banco. Os funcionários estão unidos em sua luta por melhores condições e esperam que a administração do Banpará reveja sua postura em relação às suas demandas.