Os bastidores das disputas eleitorais nos municípios neste ano eleitoral já estão a todo vapor na maioria dos 144 municípios paraenses, e em Bom Jesus do Tocantins, no sudeste paraense, não é diferente. O atual prefeito, com uma gestão bem avaliada pela maioria da população e eleito e reeleito nos últimos pleitos, não poderá concorrer novamente de acordo com a legislação eleitoral vigente. Segundo fontes na política local, Joãozinho Rocha (PSC) deverá concentrar seus esforços na eleição de seu vice e pré-candidato a prefeito, Jeilson Reis (MDB).
Jeilson, com um perfil político menos conciliador e mais explosivo que Joãozinho, tem enfrentado dificuldades para consolidar sua pré-candidatura no município, apesar do apoio da prefeitura municipal. Em um município com tradição de não eleger candidatos apoiados por prefeitos em final de mandato, como ocorreu com Dr. Sidney e sua então candidata Viviane em 2016, Jeilson enfrenta desafios adicionais.
Além disso, o vice-prefeito foi denunciado e está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado (MPPA) por um suposto esquema de pagamento de propina envolvendo empresas prestadoras de serviço da prefeitura, conforme reportagem do Correio de Carajás em março de 2022. Isso tem causado rejeição à pré-candidatura de Jeilson, inclusive dentro da própria gestão municipal, onde muitos servidores apontam seu perfil explosivo e pouco propenso ao diálogo como obstáculos para adesões.
Por outro lado, a pré-candidatura de Marcelo Oliveira, ex-secretário de Saúde de Joãozinho Rocha, tem crescido e conquistado apoios importantes, como o do jovem empresário Murillo Rezende, filho da ex-prefeita do município, Luciene Rezende, e pelo menos três vereadores da atual legislatura municipal. Assim como Joãozinho emergiu da gestão bem avaliada de Dr. Sidney para vencer a candidata apoiada pelo prefeito, Marcelo Oliveira tem grandes chances de repetir a história e vencer a disputa, em que a rejeição dos candidatos é um importante indicador de vitória.