George Washington de Oliveira Sousa, o paraense condenado por tentar explodir o Aeroporto Internacional de Brasília, receberá o direito a saídas temporárias da prisão em datas comemorativas, conforme decisão da Justiça do Distrito Federal. A informação foi divulgada pelo jornal Correio Braziliense.
Atualmente cumprindo pena em regime semiaberto no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, Sousa poderá sair da prisão entre os dias 21 a 25 de novembro e de 23 a 27 de dezembro de 2024. A decisão, tomada pela juíza Francisca Mesquita, da Vara de Execuções Penais (VEP), está de acordo com a Lei de Execução Penal, que permite a concessão de saídas temporárias para presos que se encontram no regime semiaberto, com o objetivo de facilitar a reintegração social.
Condenado inicialmente a 9 anos e 4 meses de prisão, Sousa teve sua pena ampliada para 9 anos e 8 meses pela 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), após a tentativa de atentado em dezembro de 2022. Na ocasião, ele tentou explodir um caminhão de combustível nas proximidades do aeroporto, na expectativa de provocar um caos que justificasse uma intervenção militar após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar de estar no regime semiaberto, Sousa ainda não havia recebido visitas de familiares desde o início de sua detenção, o que impedia sua inclusão nas saídas temporárias. Ele manifestou o desejo de cumprir o restante de sua pena em Xinguara, no Pará, onde reside sua família.
Além de Sousa, outros dois envolvidos no atentado também foram condenados. Alan Diego dos Santos recebeu uma pena de 5 anos e 4 meses, enquanto Wellington Macedo foi sentenciado a 6 anos de reclusão. Ambos tiveram penas menores do que a de Sousa.
A decisão de conceder as saídas temporárias gera discussões sobre os limites e critérios aplicados pela Justiça no cumprimento de penas para crimes dessa natureza.
Fonte: Hiroshi Bogéa Online, Correio Braziliense.