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Brigas políticas na Coomigasp atrasam retomada da mineração em Serra Pelada

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20 fev

A reativação da mineração em Serra Pelada, um dos garimpos mais icônicos do Brasil, enfrenta novos atrasos devido a conflitos políticos dentro da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp). Apesar da recente aprovação de uma parceria estratégica para retomar a extração de metais preciosos, a instabilidade na liderança da entidade tem travado o andamento do processo.

Desde 2023, a Coomigasp vive uma crise interna, com sua presidente, Deuzita Viana, sendo afastada por suspeitas de corrupção. Mesmo fora do cargo, ela continuava despachando como se ainda comandasse a cooperativa, o que levou o presidente interino, João Alves Araújo, a acionar a Justiça. Na última semana, o Tribunal de Justiça do Pará confirmou que João Alves é o legítimo mandatário da entidade e que Deuzita não tem autoridade para representá-la.

No entanto, a decisão judicial não encerra o impasse. Com as eleições internas da Coomigasp marcadas para março, a disputa pelo controle da cooperativa se intensifica, e Deuzita promete recorrer.

Enquanto a briga pelo poder se arrasta, os 30 mil garimpeiros que dependem da cooperativa veem seu futuro cada vez mais incerto. O ouro ainda presente em Serra Pelada segue inacessível, e a expectativa de retomada da mineração esbarra na disputa política que atrasa, mais uma vez, o sonho de milhares de trabalhadores.

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