A agenda política de Marabá em Brasília nesta terça-feira (25) escancarou a diferença de prestígio entre os representantes do município. Enquanto o presidente da Câmara Municipal, Ilker Moraes (MDB), e uma comitiva de vereadores foram recebidos pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, após uma cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o prefeito Toni Cunha (PL) se limitou a reuniões com servidores do terceiro escalão do Ministério da Saúde.
A comitiva da Câmara, que contou com os vereadores Marcelo Alves (PT), Vanda Américo (União Brasil), Miterran Feitosa (Republicanos), Ubirajara Sompré (MDB), Joscenilson (PRD) e o deputado federal Airton Faleiro (PT), conseguiu espaço nas esferas mais altas do governo federal. Já Toni Cunha, acompanhado apenas dos vereadores Cabo Rodrigo, Fernando Henrique e Pacheco, do PL, além de Marcos Andrade (PSD), precisou gravar um vídeo para suas redes sociais na calçada do Ministério da Saúde, sem qualquer encontro relevante com figuras de peso da pasta.
Fontes do Portal em Brasília apontam que a falta de prestígio do prefeito junto ao governo federal também pode estar ligada à presença do deputado federal Caveira (PL) em sua comitiva. O parlamentar é visto como um dos nomes mais radicais da direita bolsonarista, o que dificulta qualquer articulação política com um governo do PT. Para efeito de comparação, figuras como o deputado federal Joaquim Passarinho (PSD), mesmo sendo da direita, mantêm trânsito mais aberto com o governo, o que reforça o isolamento de Toni Cunha na capital federal.
A diferença no tratamento recebido pelos grupos marabaenses evidencia a fragilidade política do prefeito e sua dificuldade em obter apoio federal para demandas essenciais, como investimentos na saúde e no transporte público. Enquanto a Câmara de Marabá fortalece laços com a cúpula do governo, Toni Cunha segue encontrando barreiras para avançar nas pautas de interesse do município.
