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Presidente da Câmara de Marabá mobiliza ANM após tremor de terra em barragem da Vale localizada no município

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15 abr

O presidente da Câmara Municipal de Marabá, vereador Ilker Moraes Ferreira (MDB), acionou a Agência Nacional de Mineração (ANM), em Brasília, após o registro de um tremor de terra de magnitude 4,3 na região de Parauapebas, que também teria atingido áreas do projeto Salobo, da Vale, localizado em território marabaense. A movimentação do parlamentar levou a direção da ANM a encaminhar o caso com urgência à gerência regional no Pará.

No Ofício nº 68/2025, encaminhado no dia 7 deste mês, Ilker Moraes expressa preocupação com a segurança da barragem Mirim, pertencente à mina de cobre Salobo, onde trabalhadores e moradores relataram efeitos do abalo, como rachaduras em construções, desmoronamento de barrancos e até disparo de alarmes de veículos. O tremor, segundo o Centro de Sismologia da USP, foi registrado na madrugada do dia 3 de abril.

“É preocupante, pois estudos apontam que existe uma grande falha geológica na região, a qual especialistas chamam de Falha de Carajás”, afirmou o presidente da Câmara, que destacou ainda um padrão crescente de atividade sísmica. Em janeiro deste ano, foram registrados três outros tremores em Parauapebas, com magnitudes entre 2,8 e 3,1.

Ilker também alertou que a CPI aberta pela Câmara em 2021 para investigar passivos socioambientais do projeto Salobo já apontava riscos de rompimento da barragem Mirim e a ocorrência recorrente de tremores na região. O relatório da comissão foi encaminhado à ANM como parte das evidências apresentadas pelo parlamentar.

O ofício enviado por Ilker Moraes repercutiu nos altos escalões da ANM, que encaminharam o pedido à Divisão de Fiscalização (Difis) da autarquia no Pará. Apesar do alerta, a agência enfrenta dificuldades estruturais para atuar com a celeridade que o caso exige, por conta da escassez de servidores e estrutura mínima de fiscalização.

Mesmo assim, o presidente da Câmara reafirmou que continuará pressionando por providências concretas. “Não podemos tratar com normalidade o que representa um risco real à vida das pessoas. Marabá não vai se calar diante do perigo”, declarou.

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