Mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) usaram as redes sociais para cobrar diretamente o prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL), diante da persistente falta de medicamentos essenciais para o tratamento de seus filhos. A cobrança foi feita nos comentários de uma postagem recente do próprio gestor, refletindo o sentimento de abandono de famílias atípicas no município.


“Prefeito, sou mãe atípica e peço de todo coração, dê uma verificada no que está acontecendo com os medicamentos, porque está faltando tanto. Nossos filhos não podem ficar sem esses medicamentos. A gente vai lá e só dizem que está em licitação, já tem vários meses. Nem todo mundo tem condição de comprar”, escreveu a usuária identificada como @drianasantos1.
Outra mãe, também responsável por uma criança com TEA, reforçou o apelo: “Também sou mãe atípica, nos ajude nessa causa!!! Muitas mães não têm condições de comprar esses medicamentos, e essas medicações são essenciais”, afirmou @luziasousa1988.

O tratamento de crianças com autismo envolve, muitas vezes, o uso contínuo de medicações específicas que auxiliam na regulação do comportamento, controle de crises, sono e outras condições associadas. A ausência desses medicamentos compromete diretamente a qualidade de vida da criança e o cotidiano da família.
Embora o discurso oficial da Prefeitura frequentemente aponte para “processos de licitação” como justificativa para a falta, mães denunciam que o problema se arrasta por meses sem solução concreta. Muitas famílias de baixa renda, que dependem exclusivamente do SUS, estão sendo forçadas a buscar alternativas emergenciais, endividar-se ou simplesmente suspender o tratamento — o que pode causar regressos severos no desenvolvimento das crianças.
Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Marabá não se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, mães continuam recorrendo às redes sociais para pedir socorro.