O município de Bom Jesus do Tocantins, com pouco mais de 18 mil habitantes, enfrenta uma crise na saúde e em outros serviços essenciais, menos de um mês após a posse do novo governo. Apesar de receber mais de R$ 6,8 milhões entre outubro de 2024 e janeiro de 2025 para o Fundo Municipal de Saúde, a gestão não conseguiu garantir serviços básicos para a população, como medicamentos, acompanhamento pré-natal e atendimento hospitalar de qualidade.
Entre outubro e janeiro, o município recebeu:
• Outubro de 2024: R$ 548.461,23
• Novembro de 2024: R$ 2.663.796,19
• Dezembro de 2024: R$ 2.972.542,13
• Janeiro de 2025: R$ 626.134,37
Apesar desses valores, há falta de medicamentos básicos em postos de saúde, como insulina e remédios para hipertensão. Além disso, gestantes estão sem acompanhamento pré-natal, o que coloca em risco a saúde das mães e dos bebês. O hospital municipal também enfrenta problemas, com demissões de técnicos de enfermagem e sobrecarga de trabalho.
A transição de governo, que deveria ser um processo de organização e planejamento, foi marcada pela falta de transparência e desorganização. A nova gestão não recebeu dados claros sobre a situação do município, o que dificultou o início dos trabalhos e resultou na queda na qualidade dos serviços prestados à população.
Outro problema é o apadrinhamento político para cargos importantes, sem critérios técnicos, o que afeta diretamente áreas essenciais como saúde e educação.
A Câmara Municipal já iniciou investigações sobre o uso dos recursos, e a população quer saber:
• Onde foram aplicados os R$ 6,8 milhões recebidos para a saúde?
• Por que os medicamentos ainda estão em falta?
• O que a nova gestão fez para resolver os problemas encontrados?
• Qual foi a atuação da equipe de transição para planejar e evitar essas falhas?
A população de Bom Jesus do Tocantins exige mudanças e mais transparência no uso dos recursos públicos. Sem um planejamento adequado e responsabilidade, o município continuará a enfrentar crises constantes. A hora de agir é agora.