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Câmara de Bom Jesus permanece em silêncio após cassação de Jeilson Reis e Nanô, e sessão do dia 15 não foi transmitida

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24 abr

Desde que a Justiça Eleitoral determinou, no último dia 14 de abril, a cassação dos diplomas do prefeito Jeilson Reis e do vice-prefeito Antônio Nanô, a população de Bom Jesus do Tocantins tem acompanhado os desdobramentos com atenção — e também com muitas dúvidas.

Enquanto Jeilson e Nanô foram vistos em Belém tentando reverter a decisão no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), o clima na cidade é de expectativa e desconfiança. Não faltam ironias nas redes sociais e nas conversas nas ruas: “Jeilson e Nanô foram pra Belém?” — questiona a população em tom de brincadeira, diante do silêncio e do sumiço político da dupla.

Mas o que mais chama atenção, até agora, é o comportamento da Câmara Municipal. O presidente da Casa, vereador Miguelão, segue sem qualquer manifestação oficial. E o que poderia ser uma oportunidade de esclarecer os rumos do município acabou se tornando mais um capítulo nebuloso: a sessão extraordinária e a ordinária realizadas no dia 15 de abril não foram transmitidas ao vivo, como tradicionalmente ocorre.

O apagão de informações alimenta questionamentos importantes: houve discussão sobre a cassação? A Câmara está se preparando para assumir o Executivo, como prevê a legislação em caso de confirmação da decisão? Por que o silêncio institucional num momento tão crítico?

Caso a liminar não seja concedida e a cassação se mantenha, a Constituição é clara: caberá ao presidente da Câmara assumir interinamente a Prefeitura. Isso implica também em mudanças na estrutura legislativa, com a convocação do primeiro suplente e nova eleição para o comando da Casa.

Enquanto os bastidores se movem em silêncio, a cidade espera — por respostas, por transparência e por um mínimo de responsabilidade institucional.

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