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Justiça Eleitoral apura denúncias de compra de votos e irregularidades em Bom Jesus do Tocantins

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6 dez

A Justiça Eleitoral está investigando um suposto esquema de compra de votos e irregularidades eleitorais em Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará. As denúncias foram apresentadas após o pleito municipal de 2024 e apontam práticas que podem ter influenciado diretamente no resultado das eleições, beneficiando o prefeito eleito, Jeilson dos Reis Santos.

A denúncia foi protocolada e inclui alegações de captação ilícita de votos e distribuição irregular de benefícios para eleitores, configurando possível abuso de poder econômico e político durante a campanha.

Irregularidades em investigação

Entre as acusações, destaca-se a suposta distribuição de vantagens financeiras e promessas de empregos na administração municipal para eleitores em troca de votos. Além disso, há suspeitas de que eleitores de outros municípios tenham sido incentivados a transferir seus títulos para Bom Jesus do Tocantins, com endereços fictícios, de forma a aumentar o número de votos em favor do então candidato Jeilson dos Reis Santos.

De acordo com os denunciantes, o número de eleitores cadastrados no município em 2024 teve um aumento atípico, considerado desproporcional ao crescimento populacional. Um levantamento preliminar aponta que muitas das transferências e alistamentos eleitorais realizados em 2024 apresentavam inconsistências, como ausência de comprovação de residência ou vínculos com o município.

Declaração dos advogados

Os representantes legais dos denunciantes afirmam ter reunido provas robustas, incluindo depoimentos, registros de endereços inexistentes e evidências de promessas de benefícios financeiros a eleitores. “Há indícios claros de que foi estruturado um esquema para fraudar o processo eleitoral, utilizando-se de meios ilícitos para cooptar votos e manipular o resultado das urnas”, destacou um dos advogados envolvidos no caso.

Próximos passos da investigação

A Justiça Eleitoral já notificou os envolvidos e determinou a abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apurar os fatos. O prefeito eleito, Jeilson dos Reis Santos, terá um prazo de cinco dias para apresentar defesa, além de poder anexar documentos e arrolar testemunhas.

Caso as denúncias sejam confirmadas, as consequências podem incluir a cassação do mandato do prefeito eleito e a realização de novas eleições no município.

Impacto político

A investigação lança dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral em Bom Jesus do Tocantins, gerando apreensão entre a população. O caso reforça a importância da fiscalização e da transparência nos processos eleitorais, além de servir como alerta para práticas que podem comprometer a democracia.

Enquanto isso, a administração municipal aguarda o desfecho do processo para definir os rumos políticos do município a partir de 2025.

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