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MST se posiciona sobre o acampamento em Canaã dos Carajás e acordos com o Governo e Vale

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17 dez

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Pará emitiu uma nota na última segunda-feira, 17 de dezembro, sobre a situação do acampamento em Canaã dos Carajás, após a mobilização realizada na região como parte da Jornada de Luta por Direitos e pela Reforma Agrária. A mobilização, que envolveu ações no entorno da Estrada Ferro Carajás, foi suspensa no início deste mês após negociações entre o MST e representantes do Governo Federal, Estadual e da Vale.

De acordo com a nota do movimento, durante as negociações, foram estabelecidos alguns compromissos importantes. O primeiro ponto envolve a vistoria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em áreas que podem ser destinadas à Reforma Agrária para o assentamento de 11 mil famílias cadastradas na região de Carajás. Além disso, o INCRA deverá identificar e retomar terras sob o domínio da Vale que não possuam função minerária, com a finalidade de destinação para a Reforma Agrária.

Em relação à área ocupada pelo MST em Canaã dos Carajás, a nota informa que, como parte do acordo firmado, as famílias acampadas se comprometeram a realizar a retirada voluntária para outra área a ser indicada pelo INCRA e pela Vale. A transição das famílias, conforme a nota, será acompanhada por organismos públicos para garantir que ocorra de forma segura e sem violência. O processo, que começa em 17 de dezembro e segue até o dia 19, está sendo supervisionado pela Vara Agrária de Marabá, sob a ordem do juiz Amarildo Mazuti.

O MST, em sua nota, afirmou que continuará em estado de alerta e convocou acampados, assentados e cadastrados da Reforma Agrária para estarem atentos ao cumprimento dos acordos. Caso perceba que haja tentativa de descumprir os compromissos estabelecidos, o movimento indicou que poderá retomar suas ações de mobilização.

O movimento destacou que a luta pela Reforma Agrária e a busca por uma solução justa para a região de Carajás são questões centrais para a construção de uma sociedade mais equitativa.

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