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Presidente da Vale anuncia redução de custos na produção de minério de ferro; Carajás enfrenta impactos diretos

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23 jan

O novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, anunciou como prioridade estratégica a redução drástica nos custos de produção do minério de ferro, com o objetivo de tornar o produto mais competitivo no mercado internacional, especialmente em relação aos produtores australianos. A meta ambiciosa é diminuir os custos de produção de cerca de US$ 29 para menos de US$ 20 por tonelada.

Para atingir esse objetivo, a empresa aposta na automação, reestruturação de quadros profissionais e cortes de pessoal, promovendo ajustes que impactarão diretamente a região de Carajás, onde estão localizadas as maiores reservas de minério de ferro do Brasil. Desde o segundo semestre de 2024, já se especula sobre demissões, e a expectativa para 2025 é de que novas vagas sejam encerradas em nome da eficiência operacional.

Além da redução de custos, a Vale pretende aumentar sua produção mineral em alguns milhões de toneladas, ampliando sua presença no mercado global. No entanto, essa expansão exigirá a busca por máxima eficiência, eliminando desperdícios e operando com margens mais enxutas.

Outro ponto sensível é a transição energética, tema de relevância crescente no setor. Embora a Vale reconheça a necessidade de se alinhar às demandas por sustentabilidade, a empresa parece tratar o tema de forma secundária no momento, priorizando lucros e competitividade.

As novas diretrizes reforçam o papel estratégico de Carajás para a Vale, mas também colocam a região em uma posição delicada, com potenciais perdas de empregos e impactos sociais decorrentes da modernização e das reestruturações. Enquanto a empresa foca em resultados para os acionistas, comunidades locais observam as mudanças com apreensão.

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