Na tarde desta quinta-feira, 22 de maio, foi realizada a eleição da nova mesa-diretora do Conselho Municipal de Saúde de Marabá, que atuará no próximo triênio. Com participação dos conselheiros titulares de todos os segmentos representativos, a votação consolidou a vitória da chapa “O Novo Tempo”, única inscrita no processo.


A nova composição terá como presidente a conselheira Ana Lúcia, representando uma liderança feminina à frente do Conselho. Ao seu lado, o até então presidente Diorgio Santos, que nos últimos três anos esteve à frente do órgão desenvolvendo um trabalho de fiscalização, cobranças e acompanhamentos considerado exemplar, agora assume a vice-presidência. Rafaela Botelho será a primeira secretária, e Fábio Aquino o segundo secretário.
Ana Lúcia é representante do segmento dos trabalhadores da saúde, o que tornou ainda mais curioso o fato de dois sindicatos da mesma categoria — o Sindicato dos Enfermeiros (SENPA) e o SindiSaúde — terem votado contra sua chapa. Apesar da contrariedade, os votos acabaram vencidos diante da ampla maioria favorável, mas o episódio chamou atenção por tratar-se de entidades sindicais se opondo à presidência de uma sindicalista.

A eleição contou com apoio unânime dos 10 conselheiros titulares do segmento de usuários, além do Sindicato dos Médicos, Conselho Regional de Farmácia e Sindacaesp, representando os trabalhadores, e da empresa MED LAB, pelo segmento gestor/prestador. No total, foram 14 votos favoráveis à chapa.
O processo, no entanto, evidenciou a falta de articulação política do atual secretário municipal de Saúde, Werbert, que não apresentou chapa alternativa e ainda liderou os três votos contrários da gestão municipal. A postura sinaliza dificuldades não apenas na articulação mínima dentro do Conselho, mas também na condução da política de saúde em âmbito mais amplo.
Em quase seis meses de gestão, nenhuma nova ambulância do SAMU foi adquirida e as obras da nova UPA, anunciada com promessa de início imediato, sequer foram iniciadas. Esses desafios tornam ainda mais urgente o papel fiscalizador do Conselho, que, segundo seus membros, não recebeu até o momento qualquer processo de licitação ou contrato da Secretaria para apreciação.
A nova mesa-diretora assume com a missão de fortalecer o controle social e garantir que os recursos públicos da saúde sejam aplicados com transparência, responsabilidade e em benefício direto da população marabaense.