O presidente da Câmara Municipal de Marabá, vereador Ilker Moraes (MDB), refutou as críticas que recebeu após encaminhar um ofício ao Ministério Público do Pará solicitando investigação sobre a sequência de óbitos registrados no Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI) nos primeiros 23 dias da gestão do prefeito Toni Cunha (PL). As reações contrárias partiram principalmente de aliados do atual governo, incluindo servidores recém-contratados e figuras políticas, como o ex-candidato a vereador não eleito Claudenor Peixoto.

Ilker, no entanto, defende sua postura e destaca que sua atuação na fiscalização da saúde pública é constante. Em 2021, ele foi um dos signatários do pedido de abertura da CPI da Saúde na Câmara Municipal, com o objetivo de trazer mais transparência à gestão hospitalar. Além disso, desde 2019, tem apresentado irequerimentos solicitando melhorias no atendimento do HMI, incluindo a oferta de ultrassonografias obstétricas nos finais de semana e feriados.

Em um discurso na Câmara em março de 2021, Ilker apontou que os problemas na saúde municipal são estruturais e não se limitam a uma única gestão. Ele também criticou as frequentes trocas no comando da Secretaria de Saúde, que, segundo ele, comprometeram a eficiência dos serviços prestados. Na ocasião, o vereador defendeu maior fiscalização sobre o Executivo e a necessidade de um debate aprofundado sobre a regionalização do HMI.

Agora, ao cobrar investigações sobre a recente mortandade de bebês no hospital, Ilker reafirma que está cumprindo seu papel como fiscal do Executivo, independentemente de quem esteja à frente da prefeitura. Para ele, as críticas que recebe são tentativas de desviar o foco do verdadeiro problema: a qualidade do atendimento oferecido à população.