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Jovem é agredida por segurança do Prediletto e não recebe assistência do estabelecimento

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18 jun

Uma mulher, identificada como Débora Firmino Queiroz, de 24 anos, denunciou ter sido vítima de violências física e patrimonial nas dependências do bar Prediletto, situado na Avenida Marechal Deodoro, Orla do Rio Tocantins, em Marabá, no sudeste do Pará. O caso ocorreu na madrugada desta segunda-feira (17), por volta das 0h50, quando uma segurança feminina do estabelecimento, identificada como Rafaela, agrediu Débora com puxões de cabelo, um soco no rosto e um chute na barriga, acreditando que ela não havia pagado a conta.

Segundo informações que constam no boletim de ocorrência policial registrado pela vítima logo após o crime, na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Marabá, populares presentes no local intervieram para interromper as agressões da segurança feminina Rafaela, que já teria histórico de violência contra consumidores do bar Prediletto. Além disso, a segurança danificou o celular da vítima ao jogá-lo ao chão.

Sangue na bolsa da vítima demonstra violência sofrida por Débora no Prediletto; celular da mulher foi destruído pela agressora

Débora relatou à polícia que foi ao bar Prediletto para se distrair e, ao pagar a conta, percebeu a presença de duas bebidas a mais em sua comanda. Ao questionar a cobrança das bebidas que não havia consumido, a situação escalou. Segundo Débora, ao fazer uma foto para enviar à mãe, a segurança feminina iniciou a violência física, puxando seu cabelo e confiscando seu celular, colocando-o no bolso.

Posteriormente, outro segurança devolveu o dispositivo, ocasião em que Débora tirou uma foto da agressora no estabelecimento, de forma a comprovar o ato de covardia que havia sofrido, em suas palavras. Nesse momento, segundo a vítima, Rafaela começou a chutá-la e quebrou o celular de propósito, jogando-o no chão.

Fotos registradas pela vítima mostram suspeita após as agressões e dedos da vítima feridos e sangrando | Foto: Arquivo pessoal

Ainda conforme o relato presente no boletim de ocorrência policial, Débora tentou falar com o dono do bar, que, segundo ela, teria respondido “deixa o pau quebrar”. A vítima já está em contato com advogados e pretende mover uma ação de reparação por danos morais e materiais contra o estabelecimento. Débora relata não ter recebido qualquer tipo de suporte do Prediletto após as agressões.

O outro lado

A segurança feminina do estabelecimento, identificada pelo prenome Rafaela, no entanto, alega ter agido em autodefesa durante o episódio ocorrido na madrugada desta segunda-feira (17), por volta das 0h50.

Segundo Rafaela, Débora não queria pagar a conta de consumo no estabelecimento, estava alcoolizada e xingando a equipe de seguranças do bar Prediletto. Rafaela afirmou que Débora começou a tirar fotos dela e teria “avançado” sobre ela, momento em que, para se defender, Rafaela também agrediu Débora. Rafaela reconheceu a violência e quebrou o celular de Débora, mas alega que agiu em legítima defesa. “Não venha faltar com o respeito pra cima de mim, porque eu estou trabalhando”, teria dito Rafaela para Débora.

A segurança relatou ainda que Débora já teria um histórico de não pagar contas de consumo em outros bares pela cidade, a exemplo do bar Californios, onde na sexta-feira (14) a jovem teria ido embora sem pagar a conta. A reportagem entrou em contato com Kadu Californiano, proprietário do estabelecimento, que negou a informação e afirmou que Débora nunca saiu do local sem pagar a conta. Rafaela prometeu registrar um boletim de ocorrência contra Débora pelas acusações veiculadas nesta terça-feira (18), mas até a última atualização desta reportagem, não havia enviado o número de registro.

A reportagem tentou contato com o Prediletto pelo Instagram e por números fornecidos via WhatsApp, mas até a publicação desta reportagem, não conseguiu falar com nenhum responsável pelo local.

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