Nos primeiros 20 dias de 2025, cinco bebês perderam a vida no Hospital Materno Infantil de Marabá, revelando problemas críticos na saúde pública da região. Algumas das crianças vieram de municípios vizinhos já em estado grave, mas as mortes também apontam para deficiências estruturais na unidade, como a falta de equipamentos e de pessoal qualificado.
A situação representa mais um obstáculo para o prefeito Toni Cunha (PL), que iniciou sua gestão com medidas de austeridade, incluindo a demissão de todos os servidores contratados diretamente pela administração anterior. Para suprir a demanda, a Prefeitura promete lançar processos seletivos nos próximos dias, buscando recompor a equipe em um dos momentos mais delicados para a saúde no município.
“Economia de palito”
Além das demissões, o prefeito suspendeu o fornecimento de marmitas para garis e outros servidores, justificando que os gastos estavam altos e sem controle adequado. A decisão gerou críticas, inclusive do ex-prefeito Tião Miranda, que afirmou que medidas como essa representam uma “economia de palito”.
A atual gestão afirma que seu foco é a transparência e o combate à corrupção, mas enfrenta forte pressão diante da sobrecarga nos serviços e da insatisfação de trabalhadores. Para muitos, as ações de Toni Cunha, embora visem reorganizar as contas públicas, têm causado impactos negativos no atendimento à população e na motivação dos servidores.
Enquanto isso, famílias que dependem da saúde pública seguem enfrentando dificuldades, com o Hospital Materno Infantil como um triste reflexo das escolhas e desafios enfrentados pela nova administração.