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Projeto Quelônios da Amazônia realiza soltura simbólica de 3.500 tartarugas e tracajás em Marabá

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27 jan

No último domingo (26), a Ilha da Praia do Tucunaré, em Marabá, foi palco de um evento único, que uniu educação ambiental e celebração pela preservação da biodiversidade local. Com uma participação recorde de público, o Projeto Quelônios da Amazônia promoveu a soltura simbólica de 3.500 tartarugas e tracajás, conhecidos como quelônios, no Rio Tocantins. O evento, realizado em meio à natureza, contou com atividades lúdicas para crianças, como oficinas de pintura, pula-pula e distribuição de algodão doce, além de um lanche ao final.

Durante o evento, os organizadores destacaram a importância da preservação dessas espécies e o trabalho contínuo realizado pela equipe do projeto. Desde o início da temporada, 25 mil quelônios estão sendo devolvidos ao seu habitat natural, e a cada ano, o projeto ganha mais adesão popular, além de aumentar a quantidade de quelônios soltos e o número de voluntários e parceiros.

Educação Ambiental e Participação Popular

A pequena Ana Catarina, de 12 anos, participou do evento acompanhada do pai e, enquanto se divertia na oficina de pintura, compartilhou sua experiência sobre a importância do projeto. “Estou achando muito legal. As pessoas aqui explicam pra gente a importância de preservar essas tartarugas, porque elas são uma parte dessa mata e desse rio. Estou ansiosa para ir fazer a soltura, elas são muito bonitinhas”, disse Ana.

José Pedro de Azevedo Martins, coordenador do projeto e professor da Unifesspa, ressaltou a importância da educação ambiental no processo de preservação. “Não há eficácia em qualquer projeto de preservação, se não vier paralelamente acoplado a um programa de educação ambiental. A população precisa saber o que está sendo feito, como está sendo feito e participar”, afirmou José Pedro, enfatizando a necessidade de um trabalho conjunto para a proteção do meio ambiente.

Apoio Institucional

O evento contou com a presença de diversas autoridades. Jorge Bichara, presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), parabenizou a participação popular e destacou a importância do projeto para a preservação dos quelônios, que já foram vítimas da colonização humana. “Hoje estamos aqui com um recorde de público e esperamos que todos sejam, a partir de agora, educadores ambientais para protegermos nossos quelônios”, disse Bichara.

Benedito Evandro, secretário de Meio Ambiente de Marabá, destacou que, embora tenha assumido recentemente o cargo, está comprometido em apoiar e fortalecer iniciativas como o Projeto Quelônios. “Estamos identificando muitos desafios, muitos problemas e bons projetos, como este aqui, que é de extrema importância”, garantiu Evandro.

A Câmara Municipal e o MPPA Apoiam o Projeto

Representando o Poder Legislativo, Pedrinho Corrêa, vice-presidente da Câmara Municipal, se mostrou entusiasmado com o engajamento da comunidade e anunciou que a Câmara quer estreitar os laços com o projeto. “Queremos ser parceiros do Quelônios da Amazônia, além de apoiar outros projetos que promovem a biodiversidade em Marabá”, disse Corrêa.

A promotora de Justiça Alexssandra Mardegan, do Ministério Público do Pará (MPPA), também prestigiou o evento, destacando a importância da ação para a educação ambiental e a preservação da natureza. “Fico feliz que o secretário de Meio Ambiente esteja aqui para testemunhar e ver que o projeto precisa de mais apoio financeiro”, afirmou Mardegan.

Um Futuro Promissor

As crianças presentes no evento foram convidadas a participar da soltura das tartarugas, marcando o momento com uma contagem regressiva, que culminou no lançamento dos animais no rio, simbolizando o retorno ao seu habitat natural. No total, 3.500 quelônios foram soltos, com a presença de uma das maiores audiências já registradas nos oito anos de existência do projeto.

O Projeto Quelônios da Amazônia é uma iniciativa da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Marabá, com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O parque onde as atividades acontecem está aberto ao público durante todo o ano, permitindo que a sociedade conheça de perto o trabalho de preservação realizado.

Com informações e imagens de Portal Correio

whats