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Toni Cunha é detonado em live por servidores após manter aumento de apenas R$ 100 no vale-alimentação

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7 maio

A expectativa criada pela live do prefeito de Marabá, Toni Cunha, realizada na noite desta segunda-feira (6), rapidamente se transformou em frustração, indignação e uma avalanche de críticas por parte dos servidores da Educação. Em vez de anunciar o cumprimento do piso salarial dos professores e o vale-alimentação de R$ 1.000,00 — promessas feitas por ele em campanha — o prefeito limitou-se a informar um reajuste de apenas R$ 100 no vale, elevando o benefício para R$ 650.

A reação foi imediata. A caixa de comentários da transmissão foi inundada por protestos, denúncias de promessas não cumpridas e até acusações diretas de fake news. Servidores lembraram que no ano passado, ainda na gestão de Tião Miranda, o aumento no vale foi de R$ 130 — superior ao anunciado agora. Muitos cobraram o valor de R$ 1.000,00 como referência mínima, já adotada por municípios vizinhos como Parauapebas, Canaã dos Carajás e Itupiranga.

“Falou, falou e não falou nada”, disparou uma internauta. “O vale-fome de R$ 650 é uma vergonha”, escreveu outra. Frases como “mentiroso”, “fake news”, “vagabundo” e “você já começa devendo” se multiplicaram ao longo da transmissão, expondo o desgaste da imagem do prefeito, que apostou na fórmula do marketing digital em vez de diálogo com a categoria.

Além disso, o ponto mais cobrado por professores foi o pagamento do piso salarial nacional, que é uma obrigação legal e até agora não foi efetivado em Marabá. Um dos comentários mais curtidos da live resume o sentimento geral: “Paga o piso, o piso é lei!”. Outros questionaram o uso do Fundeb, a permanência de secretários herdados da gestão anterior e a tentativa do prefeito de transferir a responsabilidade pela greve da Educação para a própria categoria.

A live, que deveria demonstrar compromisso com os profissionais da Educação, terminou com falhas técnicas, interrupções e piadas amargas nos comentários — “Mentiu tanto que travor ”, ironizou uma servidora. Ao que tudo indica, o que era para ser um ato de comunicação direta virou um verdadeiro tribunal virtual, com condenação unânime por parte daqueles que o prefeito deveria estar valorizando.

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