Após a repercussão negativa sobre a compra de uma SUV blindada de quase meio milhão de reais com dinheiro público, o prefeito de Marabá, Toni Cunha, usou as redes sociais para atacar seus críticos e justificar a aquisição. Em tom agressivo, ironizou a indignação popular e afirmou que o veículo será usado “quando achar que deve” e também para a recepção de autoridades. Entre essas autoridades, citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível e é alvo de diversas investigações.

Na publicação, Toni Cunha tentou desviar o foco da polêmica ao comparar sua gestão com a anterior, alegando que a Prefeitura gastou R$ 40 milhões em locação de veículos no mandato passado, valor que, segundo ele, daria para comprar 180 camionetes novas. Porém, a justificativa não convenceu muitos marabaenses, que questionam a real necessidade de um veículo de luxo blindado, enquanto o município enfrenta problemas em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
Além de se referir a seus críticos como pessoas que “choram sem parar” e dizer que são “mamateiros” que “vão estribuchar até cansar”, Toni Cunha fez questão de politizar ainda mais o debate ao afirmar que, em breve, dará uma carona ao ex-presidente Jair Bolsonaro na camionete paga com dinheiro da Prefeitura.

O gasto de R$ 474.800,00 na blindagem do veículo SUV Sport segue gerando indignação. Enquanto isso, a população marabaense, que sofre com a precariedade dos serviços públicos, assiste ao prefeito priorizando sua própria segurança e a de seus aliados políticos em detrimento das reais necessidades da cidade.