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Urgente: Pedido de cassação do prefeito Toni Cunha é apresentado na Câmara após colapso na saúde e indícios de corrupção

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10 jun

A Câmara Municipal de Marabá acaba de receber, na manhã desta terça-feira (10), um pedido de admissibilidade de processo de cassação contra o prefeito Antônio Carlos Cunha Sá. A solicitação foi protocolada por uma servidora pública da área da saúde e lida em plenário pela Mesa Diretora, durante a sessão ordinária em curso.

O pedido precisa de apenas 11 votos — maioria simples — para que o processo seja oficialmente instaurado. A expectativa é que a admissibilidade seja votada ainda nesta manhã. Com isso, a Comissão Processante poderá ser formada, e o prefeito poderá ser convocado para prestar esclarecimentos, correndo o risco de cassação do mandato nos próximos meses.

A denúncia é baseada no cenário de calamidade que atinge a saúde pública do município. Entre os principais pontos, estão o estrangulamento da rede hospitalar, com destaque para a situação do Hospital Materno-Infantil, que opera sem estrutura mínima, além da precariedade do Hospital Municipal de Marabá. A prefeitura requisitou administrativamente o Hospital Santa Terezinha, mas até o momento não apresentou qualquer comprovação de pagamento, agravando ainda mais a crise.

A peça também denuncia a existência de contratos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde sem anuência do Conselho Municipal, o que pode configurar irregularidade grave. Outro ponto levantado diz respeito à adesão de atas de registro de preço de prefeituras de outros estados, como no caso da contratação de serviços de iluminação pública — operação que, segundo a denúncia, custou R$ 10 milhões a mais aos cofres públicos em comparação com propostas locais.

Enquanto a gestão anuncia shows milionários para o veraneio de julho, pacientes seguem sendo atendidos no chão das unidades hospitalares, recebendo soro e medicação intravenosa em condições precárias. A denúncia aponta para um suposto esquema de corrupção, com fortes indícios de superfaturamento tanto na saúde quanto em contratos relacionados à iluminação pública e ao funcionalismo.

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