Em Marabá, a proposta do prefeito eleito Toni Cunha (PL) para acabar com as emendas de bancada e reduzir as emendas impositivas encontrou resistência da maioria dos vereadores da cidade. Dos 21 parlamentares, a maior parte se manifestou contra a medida, que, segundo Toni, poderia liberar mais recursos no orçamento municipal. Contudo, os vereadores argumentam que essas emendas são fundamentais para a manutenção de projetos que atendem diretamente às necessidades da população.
Instituídas em 2017 através de um projeto de lei do vereador Eloi Ribeiro, as emendas parlamentares tornaram-se uma ferramenta crucial para financiar programas sociais. Com esses recursos, a cidade conseguiu fortalecer ações em áreas como saúde, educação, esporte e qualificação profissional, que beneficiam milhares de cidadãos, especialmente nas regiões mais carentes.
A verba destinada pelas emendas permite que entidades e projetos locais ofereçam atendimentos gratuitos à população, proporcionando, por exemplo, exames de saúde, atividades esportivas e cursos de capacitação. Para muitos vereadores, acabar com as emendas de bancada e reduzir as impositivas significaria comprometer o suporte a iniciativas que geram impacto direto e positivo na vida dos marabaenses.
Embora alguns vereadores, como Raimundinho do Comércio, Cabo Rodrigo, Fernando Henrique, Miguelito e Coronel Araújo, tenham apoiado a proposta do prefeito eleito, a maioria da Casa permanece firme na defesa das emendas. Eles ressaltam que essa verba é um canal importante de atendimento às demandas da sociedade e fortalece o papel do Legislativo em garantir apoio a quem mais precisa.
A decisão sobre o futuro das emendas deve ser tema de novas conversas, especialmente nas discussões para a formação da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal. Para a maioria dos parlamentares, as emendas representam não só uma forma de responder às necessidades locais, mas também uma política pública essencial para a inclusão social e o desenvolvimento de Marabá.