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Incra nega autorização para ocupação de terra em Ourilândia do Norte e superintendente aciona PF

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10 mar

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) negou qualquer autorização para a ocupação de terras às margens da PA-279, em Ourilândia do Norte, e afirmou que tomará providências contra o uso indevido do nome do órgão. Em um vídeo divulgado nesta segunda-feira (10), o superintendente regional do Incra no Sudeste do Pará, Andreyk Maia, repudiou a situação e avisou que acionará a Polícia Federal para investigar o caso.

A movimentação foi registrada no domingo (9), por volta das 11h30, quando a Polícia Militar recebeu informações de que um grande grupo de pessoas estava reunido no Km 30 da rodovia, cerca de 6 km do Rio Caiteté, entre Ourilândia do Norte e Água Azul do Norte, próximo ao Projeto Onça Puma, da mineradora Vale. O objetivo da reunião seria o cadastramento de 400 famílias de camponeses, supostamente autorizado pelo Incra, para a formação de um acampamento na área.

O subcomandante do 36º Batalhão de Polícia Militar, capitão Medeiros, esteve no local com diversas guarnições e ouviu três líderes do movimento, identificados apenas como Paulo, Geovane e Marco. Eles alegaram que a terra não possui documentação e que o superintendente do Incra teria orientado a ocupação. Além disso, afirmaram que os acampamentos permaneceriam por pelo menos três meses, período no qual as famílias seriam cadastradas e liberadas para tomar posse do terreno.

Órgão se posiciona contra a ocupação

Diante das alegações, a Assessoria de Comunicação do Incra desmentiu qualquer envolvimento do órgão na ocupação, tanto em nota oficial quanto em um vídeo gravado por Andreyk Maia. No material divulgado, o superintendente reforçou que seu nome foi utilizado indevidamente e anunciou que levará o caso às autoridades competentes.

A tentativa de ocupação de terras em áreas de interesse privado ou sem autorização legal tem sido motivo de preocupação na região, especialmente em áreas próximas a grandes empreendimentos como o da mineradora Vale. Agora, com o posicionamento do Incra e a iminente investigação da Polícia Federal, a situação deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias.

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