Em um ano marcado por recordes em operações de combate à compra de votos, a Polícia Federal (PF) anunciou a maior apreensão de dinheiro relacionada a esse crime nas eleições de 2024. Foram R$ 23,3 milhões confiscados em todo o país, e, entre os casos, destaca-se uma operação no município de Castanhal, Pará, onde foram retidos R$ 4,98 milhões antes do primeiro turno. A quantia lidera o ranking de valores apreendidos até agora.
Outras operações da PF também revelaram altas quantias apreendidas. Em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, dois empresários foram flagrados com R$ 1,92 milhão destinado à compra de votos.
No Pará, a operação que resultou na prisão do empresário Geremias Hungria, proprietário de uma construtora, e do tenente-coronel da Polícia Militar Francisco Galhardo trouxe à tona relações estreitas entre os envolvidos e o deputado federal Antônio Doido (MDB), aliado do governador Helder Barbalho (MDB). Doido concorreu à Prefeitura de Ananindeua, mas foi derrotado pelo prefeito reeleito Dr. Daniel Santos (PSB), opositor de Barbalho, com uma diferença superior a 200 mil votos.
Além das prisões, a construtora de Geremias Hungria atraiu atenção por seus contratos com a Prefeitura de São Miguel do Guamá, onde o deputado Antônio Doido foi prefeito até 2020. Juntos, os contratos somam R$ 8,6 milhões.
As investigações da PF ainda prosseguem, e o caso coloca o Pará no centro das atenções sobre irregularidades no processo eleitoral deste ano.
Com informações de Blog do Jeso Carneiro